Decorria o ano de 1985, consagrado como Ano Internacional da Juventude, e um conjunto de jovens, desejoso de corporizar um projeto que desse cobertura, em termos etnográficos, aos usos, aos costumes e tradições das gentes da região dos Bougados, constitui o que é hoje o Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado.
Como é óbvio, para obterem sucesso na consolidação desse projeto, contaram com a colaboração e apoio de pessoas mais idosas, sendo uma delas a D. Augusta Reis que emprestou os primeiros trajes.
Com determinação e empenho, assumem um trabalho profícuo e honesto nas suas pesquisas, procedendo à recolha de um vasto espólio, não só das danças e cantares, mas também obtendo cópias de trajes, genuínos e autênticos, que datam do século passado, gentilmente cedidos pelos donos que os conservam, religiosamente. Fazem parte da coleção os seguintes trajes: de trabalho, de lavradores ricos, domingueiro, de missa, de feira, de romaria, de festa, de morgada, de noivos e de meninos de escola.
As danças representam a alegria e energia do povo, destacando-se entre elas: Vira, Chula e o Malhão.
Ao longo destas mais de duas décadas de existência, o Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado tem privilegiado a divulgação do seu trabalho em atuações ao vivo com inúmeras atuações de Norte a Sul de Portugal e além-fronteiras.
No entanto, para não ser amputado este vasto espólio artístico e vocal, tem gravado trabalhos, dos quais se destaca “Dar Voz ao Passado”, editado em 2006.
O Grupo é membro efetivo da Federação de Folclore Português.
